De inverno à inverno;

É, sabe aquela noite que você se depara com nada para fazer?! Eu resolvi ver de novo aquele filme que tenho no computador. Sim, aquele que eu assisti só uma vez e eu chorei. Resolvi vê-lo ainda que eu soubesse a historia, exatamente todo o suspense do filme e eu me emocionei outra vez. Acho que consegui me achar no filme hoje, foi até incrível. Depois que ele terminou, eu não quis nem ver a música dos créditos e resolvi vir até o blog, sabe-se lá escrever o que ao certo. Consegui concluir de novo que sinto falta de alguém aqui. Alguém pra sentir tudo o que se sente quando se está apaixonado. Os frios na barriga, o pensar, o ligar, as preocupações, o conviver ainda que seja de vez em quando. Mas de um certo jeito, o saber que tem alguém. Não importa como e nem as incertezas que cercam, mas é alguém. Não importa que você sinta raiva, medo, tristeza e vontade de largar tudo; você tem alguém. Alguém pra te fazer carinho, alguém pra rir e pra chorar também. Alguém que segure a sua mão. Alguém que te diga coisas tão simples, mas que consigam te fazer feliz. Alguém que, como uma das únicas coisas do mundo, um amigo não substitui; que seu cachorro não substitui; que nenhuma festa ou diversão substitui; que faz um vazio no peito e que aperta com a necessidade de ser preenchido não importando pelo que ou por quem. Talvez chegue o dia em que esse vazio consiga ficar completo, e eu almejo esse dia. Consigo afirmar que de todos que passaram por mim, tenho um pedaço de cada um. Uma lembrança, ainda que mínima. Uma mania, um jeito, um hábito, um viver. Faço de todos aqueles que passaram por mim, como se fossem peças do meu museu pessoal. É inevitável passar pelos corredores da vida revendo, e não lembrar ou sentir saudade de algo ou de alguém; ainda que não mereça ter esse sentimento. Eu opinei por não tirar nada de mim. Ainda que se mude todas as decorações de inverno à inverno, ou de estação à estação... Algo das que se foram estão presente. E todas as palavras medidas em linhas, não expressão tudo o que tem guardado aqui. Pareço me trazer lembranças até da poeira das memórias. Ainda que pareça pouco tempo, passou tanta coisa! Queria poder dizer que fiz a minha vida em folhas de papel, para que um dia eu pudesse rever os detalhes. Mas não. Eu não consegui. Faço esforços para que as palavras sejam as mais próximas dos meus pensamentos em meus textos, e ainda acho que sempre falta algo. A vida sempre tende a parecer incompleta. Na minha ainda falta alguém com que dividir até meu egoísmo. E na sua, o que falta?

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