Sem nome ;

Cada dia que passa parece que você está um pouco mais distante e um pouco mais perto de mim, ao mesmo tempo. Eu tento de tudo, mas não consigo ter você aqui. É um ter e não ter. Um querer e não saber. Aflige. Incomoda. Dói. Da vontade de estar seja lá onde você estiver. Com todo esse frio, saber que tenho você... Mas que não posso ter você aqui. Consegue piorar as coisas. Sabe, às vezes eu choro a noite... De saudades de você. Porque agora, você é tudo o que eu preciso. Tudo o que eu quero. E até tudo o que eu tenho. Tudo aquilo que eu quero me segurar. Tudo aquilo que eu não quero que vá embora. Você é a unica coisa em que eu realmente me importaria em perder agora. É meu porto seguro. Meu chão. Meu amor... Mesmo distante, você tem tudo de mim. E essa vontade de você, que não passa?! E essa sua ausência que grita seu nome a toda hora?! Seu silêncio me faz mal. E muito mal. Sabe, eu gosto de ficar sozinha, sim. Mas não gosto de me sentir sozinha. Isso é diferente. E por que sem você, é tão fácil de me sentir sozinha? Eu tenho uma vontade de saber como você está todos os dias. Mas não tenho vontade de te ligar pra isso, não vou mentir. Quando eu descobri quem eu era, eu consegui ver você em mim. E, acredite, nada mais me importou. Eu larguei tudo. Amigos, compromissos, promessas antigas, tudo. Pra poder estar com você, se assim fosse pra ser. Joguei tudo pro alto. E o que era realmente meu, voltou. Você voltou. Voltou? Eu acho que tenho que lutar. Mas não faço nem ideia de como lutar. Nem com quem lutar. E nem de onde tiro forças pra isso... Porque eu não tenho mais. Tentar e tentar, desgasta. O stress às vezes parece me consumir. A vontade de não fazer nada... também. A falta de coragem andou tomando conta de mim nesses tempos. Tomou conta de tudo de mim, de todos os aspectos. Tenho uma vontade de pensar... Sozinha, sem ninguém. Longe de todos. Não sei explicar. Só espero que uma hora passe. A inspiração parece que vem. Parece que vai. Parece que volta. Parece que fica. Tudo parece nada. E o nada parece tudo. A dor às vezes fica presente também. Às vezes, o sono predomina. Às vezes os pensamentos me trazem você. Às vezes não. Às vezes trazem outras coisas. E outras vezes, não me trazem nada. Não sei se já senti isso outras vezes. Mas mesmo que já tenha sentido, essa vez ainda é diferente. Não é desanimo. Não é cansaço. Nem pode ser chamado de preguiça. É quase um alívio, mas muito mais profundo e mais aflito. Talvez um dia eu saiba nomear isso... Talvez não.

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