Quando o nada se torna tudo ;

Acho que me vi um tanto preguiçosa demais. Preguiçosa pra sair, pra estudar, pra postar nos blogs, pra cair na real e tomar um rumo certo. Cai na rotina. E saibam que não tem coisa no mundo que mais odeio. Tudo se tornou previsível e na tentativa de algo ser inusitado, comecei a deixar as coisas fluírem demais a ponto de eu deixar com que essas dessem errado. Cai em recuperações na escola das matérias que sempre me destaquei por ser a melhor. Me deixei consumir por esse sentimento ruim que, confesso, parece sempre ser maior e tomar mais conta de mim. A internet passou a ser algo com que eu precisava todos os dias, ainda que fosse sempre pra mesma coisa, todo dia, e que não me satisfizesse mais. Tornou-se um vício. Caiu tudo num buraco tão fundo... Difícil de sair. Drama que convivo hoje ainda. Confesso também, que muitas vezes só preciso de uma ideia pra sair de tudo isso, pois eu quero sair. Não estou aguentando mais. As pessoas se tornam insuportáveis e a internet o refúgio. Quando, muitas das vezes, era pra ser ao contrário. Larguei das pessoas. Desisti delas. Não me importei mais. Afinal, ao meu olhar cego, quem delas realmente se importava comigo? Às vezes, nem as que conviviam comigo diariamente pareciam ligar. Acreditei demais quando me disseram "As pessoas querem te ver bem, mas nunca melhor que elas" e havia me esquecido do valor de uma amizade. Deixei as minhas escorrerem por entre os dedos feito água. Esqueci como era amar; como era se importar com alguém e além disso, me esqueci de como era ser importante. As coisas estavam difíceis. Até que me olhei, como há muito tempo não fazia. Não me olhei como eu era pros outros e nem como eu queria que os outros me vissem. Eu me olhei do jeito que eu estava. Notei que, de fato, tudo estava uma bagunça! Por dentro e por fora de mim! Eu estava dando valor as coisas que sempre julguei serem as menos importantes. E havia me esquecido dos meus valores. Havia me esquecido de tudo de valioso que já tinha aprendido. Sim, caí no longo e triste transtorno. O transtorno que muitas pessoas cativam pensando ser mínimo, mas que pra mim, tomou conta de tudo. O transtorno do "nada". Este me fez escravo. Este me fez preguiça, me fez tédio, me fez medo, me fez mágoa, me fez choro, me fez ser quem eu não era; quem nunca fui. Dei ouvidos demais à esse nada e ele me sacrificou tudo o que tinha. O dormir era melhor. O computador era melhor. O não arriscar era melhor. O não viver era melhor. Quando, na verdade, é tudo mentira. Vim aqui anunciar mais uma etapa vencida. Essa fase de nada, que eu tenho como muito triste, já era. Ou melhor, já foi. Meu ponta pé inicial já foi dado. Vou levar ele adiante. E se você se sente assim, aguardo sua coragem pra começar de novo. Às vezes é preciso. E a única coisa a fazer. Isso por hoje.
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