Não sei explicar o que anda acontecendo. Principalmente... agora. De repente senti uma necessidade tão grande de escrever, e escrever algo bom, algo que eu goste. Tanta coisa acontece e passa... Tudo tão rápido. Quando a gente percebe, já foi. Não dá mais pra voltar. Às vezes é pra perguntar se realmente aconteceu ou não passou de um sonho. Ou um pesadelo. A única coisa que me faz acreditar que um dia vai dar certo é o fato de que um dia toda essa tribulação vai passar. Um dia vai passar, eu sei. Às vezes consigo me chatear por tão pouca coisa... Que chego a me perguntar se vale a pena. Me pergunto se devo dar uma chance pro amor... Mas não acho um porquê. Ando estressada. Sem paciência. Ver as outras pessoas cuidando tanto da minha vida não me faz muito bem. Sentir saudade não me faz bem. Ter preguiça não me faz bem. Me sentir só não me faz bem. Tanta coisa não me faz bem. E ainda assim vejo que continuo vivendo. Ai vem a pergunta: Por que, então, deixar que tanta coisa me atormente? Vai ver que é a necessidade de mudar. De ser diferente. De não cair na rotina. Vai ver que é mesmo isso. Esse não controle das situações. Essa falta de força. Esse tédio. Esse nada. Vai ver seja só um jeito de tudo me mostrar que é hora de mudar. Mudar de novo. Quantas mudanças. Não sei mais dizer o que é mudança, o que ficou e o que tem que mudar. Parece tudo uma coisa só. Tudo isso sou eu. Sou esse paradoxo que me persegue buscando resposta. Tenho sono. Tenho medo. Tenho cansaço. Tenho preguiça. Tenho vontade de chorar. Tenho vontade de ficar sozinha. Mas tudo isso não tem fundamento. Tudo isso eu não devia sentir. Tudo isso não tem sentido. Nada mais parece me surpreender. Nem as descobertas das mais insensatas perguntas. Sabe, eu acho que queria mesmo ir embora. Pra qualquer lugar mesmo. Essa monotonia não me faz feliz. Essa mesma coisa não me satisfaz mais. Essas falsas promessas não me atraem mais. Ando sem razão. Sem ouvidos. Indisponível para opiniões alheias. Só queria ter mais coragem. Só queria ter o que fazer. Só queria que o tempo passasse. Queria aprender a viver mais o agora do que desejar demais o futuro. Ler não tem mais graça. As pessoas estão longe. E isso só me faz querer me afastar mais ainda delas. A vontade não vem. As lágrimas sim. Nem meus textos me animam mais. Nem me aliviam mais. Nem me expressam mais. Talvez eu seja mesmo toda essa mistura, todo esse stress, toda essa preguiça, todo esse paradoxo, todo esse cansaço, toda essa falta de tempo, todo esse desejo de ser sozinho, todo esse enredo, todos esses medos e inseguranças. Talvez eu seja mesmo tudo isso. E ao invés de tentar mudar mais, talvez eu deva me aceitar mais. E que seja o que Deus quiser.
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